Doenças Mentais Em Idosos

A velhice faz parte do ciclo normal da vida. É caracterizada por mudanças físicas, mentais e psicológicas, que nem sempre significam uma doença. Há alguns transtornos psiquiátricos que ocorrem com maior frequência em idosos. Os mais comuns transtornos psiquiátricos em idosos são: demência, sintomas de Alzheimer, demência vascular, esquizofrenia em idosos, depressão em idosos, bipolar, delirante, de ansiedade e o causado por uso de álcool. Muitas Doenças Mentais Em Idosos podem ser evitadas, aliviadas ou revertidas. Para definição do melhor tratamento para doenças mentais em idosos, é necessária uma avaliação médica.

A Demência em idosos compromete as funções cognitivas de forma progressiva e irreversível. As funções mentais são perdidas gradualmente. A demência em idosos ocorre mais empessoas a partir dos 65 anos e aumenta em idosos com mais de 80 anos. Os fatores de risco da demência em idosos são histórico familiar e idade avançada, e há maior incidência de ocorrer em mulheres idosas.

Os sintomas da demência em idosos são falhas de memória, falhas na linguagem e dificuldade de orientação. Também há perturbações como agitação, inquietação, andar perdido, raiva, violência, desinibição sexual e social, impulsividade, alterações do sono, pensamento ilógico e alucinações. As causas da demência em idosos incluem lesões e tumores cerebrais, doenças degenerativas, doença vascular, álcool, medicamentos, infecções, doenças pulmonares crônicas e doenças inflamatórias. 

A grande maioria dos idosos com demência sofre de Alzheimer. Mais freqüente em mulheres, os sintomas de Alzheimer costumam ter um início leve, gradual e com declínio progressivo das funções cognitivas. A memória é a função mais afetada, seguida da linguagem e noção de orientação do indivíduo. O tratamento é paliativo e as medicações podem ser úteis para o manejo da agitação e das perturbações comportamentais. Ainda não há prevenção ou cura para Alzheimer.

A demência vascular é o segundo tipo mais comum de demência. Apresenta as mesmas características do Alzheimer, porém com um início abrupto e um curso gradualmente deteriorante. A demência vascular em idosos pode ser prevenida através do controle dos fatores de risco como hipertensão, diabetes e tabagismo.

Embora a esquizofrenia se inicie ainda na juventude, é uma doença que persiste por toda a vida. Porém, a esquizofrenia em idosos costuma ficar menos ativa, ou seja, em muitos pacientes, a doença se manifesta menos à medida que a idade avança. Os sintomas esquizofrenia em idosos incluem retraimento social, comportamento excêntrico, pensamento ilógico, alucinações e afeto rígido. O tratamento da esquizofrenia em idosos consiste em medicação administrada por um médico e com cautela.

A Depressão em idosos pode ser causada por diversos fatores, que incluem: perda de papéis sociais ou da autonomia, morte de amigos e parentes, isolamento social, a percepção do próprio declínio físico e da saúde e restrições financeiras. Esses fatores em conjunto podem aumentar o risco de suicídio, já que a depressão em idosos é caracterizada por vários episódios repetidos.

Os sintomas da depressão em idosos incluem redução da energia e concentração, insônia, diminuição do apetite, perda de peso e dificuldades de memória. Além disso, a depressão em idosos pode estar associada a uma doença física ou uso de medicamentos.

Os sintomas do transtorno bipolar em idosos, ou transtornos do humor, incluem euforia, variações entre humor expansivo e irritável, necessidade de sono diminuída, fácil distração, impulsividade, consumo excessivo de álcool, hostilidade. Geralmente começa na juventude, e quando um primeiro episódio de comportamento maníaco ocorre na velhice, deve-se alertar para uma causa orgânica associada. O tratamento deve ser feito com medicação cuidadosamente controlada pelo médico.

O transtorno delirante em idosos se caracteriza por alterações do pensamento como mania de perseguição. Os pacientes acreditam estar sendo espionados, seguidos, envenenados ou assediados. Alguns se tornam violentos ou se isolam. Ocorre em idosos sob estresse físico ou psicológico, e em estado vulnerável, como morte do cônjuge, perda do emprego, aposentadoria, isolamento social, circunstâncias financeiras adversas, doenças médicas que debilitam, cirurgia, comprometimento visual e surdez. As alterações do pensamento podem acompanhar outras doenças psiquiátricas que devem ser descartadas. Além disso, os sintomas podem ser secundários ao uso de medicamentos ou indício de tumor cerebral.

Já os transtornos de ansiedade em idosos incluem pânico, fobias, TOC, ansiedade generalizada, estresse agudo e estresse pós-traumático. Desses, os mais comuns são as fobias. A fragilidade do sistema nervoso autônomo dos idosos pode explicar o desenvolvimento de ansiedade após um estressor importante. 

A hipocondria em idosos é comum. Exames físicos repetidos são úteis para garantirem aos pacientes que eles não têm uma doença fatal. A queixa é real, a dor é verdadeira e percebida como tal pelo paciente. Ao tratamento, deve-se dar um enfoque psicológico ou farmacológico.

Os pacientes idosos que sofrem transtornos por uso de álcool e outras substâncias podem iniciar um quadro de dependência devido à automedicação. A dependência de álcool costuma apresentar uma história de consumo excessivo desde a idade adulta. Frequentemente está associada a uma doença médica, principalmente hepática. Os sintomas são variados, mas inclui quedas, confusão mental, fraca higiene pessoal, depressão e desnutrição. A dependência nesse tipo de paciente está relacionada com maior número de quedas e fraturas, que reduzem significativamente a expectativa de vida do idoso após um incidente.